Fotografia de Ró Mar
"ESTA, MINHA JANELA"
Por mais que a noite ofusque o meu espaço…
Há sempre uma janela prá `cidade de verde´, onde vejo,
A antiga Lisboa, o candeeiro a petróleo e o esquiço
traçando estendais de chitas e linho pelas varandas do Tejo.
Minha alma baloiça o céu de uma noite de ascensão
E o coração debuxa as linhas de uma outra cidade!
A minha cidade, onde a gente é bonita e sem vaidade,
Onde a noite é aguarela livre aos olhares que passam!
Por mais que a noite alongue nunca perde a graça...
Há a sortuda paisagem, que tem o miradouro da Graça
Dando forma ao Castelo, cores à rosácea da Catedral
Em mãos à luz da Sé, e renasce o novo portal!
© Ró Mar
© Ró Mar
Fotografia de Ró Mar
"RESPIRO UMA `CIDADE DE VERDE´"
Passeando a minha antiga Lisboa, no centenário
Elétrico, respiro uma `cidade de verde´, flores aos molhos
Pelo Terreiro de Paço, Cais de Sodré e o velho cacilheiro;
A magia da noite é mar estrelado aos meus olhos!
Encontro-me do lado de cá da outra banda,
Na serenidade de uma vida que me é familiar,
Debuxando outro lado, o de lá, em sonhos de uma vida
Que tem tudo para ser a maior nação que se possa imaginar!
A noite é uma criança, minha alma eternamente
Apaixonada pelo Tejo e outros olhares despertam a mocidade
Que traz o peito ancorado em filigrana sorridente…
Qual brilha tal a ombreira de um jovem marinheiro;
Arregaçando o fino tornozelo delineia-se o mar namoradeiro
Em aguarela de uno coração de cor verde!
© RÓ MAR